sábado, 19 de março de 2011

MIRRAY: NOME INCOMUM E MULTA RESCISÓRIA MILIONÁRIA.VAI VINGAR NO SÃO PAULO?

Meia do sub-17 vale R$ 30 milhões e é a bola da vez da base tricolor

A bola da vez da base do São Paulo atende pelo nome de Mirray, é camisa 10 do time sub-17, e garante: seus planos diferem dos seguidos pelo seu companheiro de time Lucas Piazon, vendido ao Chelsea (ING), por cerca de R$ 17 milhões.

Embora Piazon tenha se destacado antes, até mesmo por ter acionado o clube na Justiça no início do ano passado, no quesito valorização, Mirray não ficou muito atrás. Na semana passada, ele renovou seu contrato com o clube até 2016 e sua multa rescisória para transferência internacionais foi estipulada em cerca de R$ 30 milhões.

Valorização que, segundo o menino, fará diferença no futuro. Hoje, seu pensamento é o de fazer história no clube que o revelou.

– Meu objetivo é primeiro chegar ao profissional, pela torcida, pelos diretores, pelo presidente, e depois, se for para sair, com um negócio bom, aí sim. É importante valorizar o clube que estou desde pequeno. Posso perder agora para ganhar na frente – afirmou Mirray, em visita à redação do LANCE!.

Sem fazer críticas ao seu companheiro, que assim que completar 18 anos partirá para a Inglaterra, Mirray tem na ponta da língua o caminho a seguir para alcançar sucesso com a camisa tricolor. Trata-se de outro Lucas, o camisa 7 do time profissional e que também renovou seu contrato recentemente. O meia acertou até 2015, com multa rescisória em cerca de R$ 180 milhões.

– Não é exagero dizer que, hoje, Lucas é a vitrine de todos os meninos da base. É o espelho. Outro dia estava jogando baralho com a gente, sempre simples, e hoje está famoso, indo bem. Vou procurar chegar também – disse Mirray, que procura ouvir os conselhos do amigo agora famoso.

Em comum com o camisa 7, Mirray tem a associação com o rival Corinthians, para quem torcia na infância, e pelo qual Lucas treinou antes de chegar ao Sampa. Mas ele acredita que isso não será problema, como também não foi para Lucas.

– É coisa do passado. Minha paixão é o São Paulo, nunca achei que isso fosse me criar problema – diz.

O futuro dirá qual Lucas "viverá" Mirray. Por enquanto, ele segue na luta pela própria e diferente marca.

Bate-bola exclusivo com Mirray

Qual a origem do nome Mirray? Quem escolheu?
Foi ideia de meu pai. Em uma viagem, ele conheceu uma família e havia um menino de cinco anos que se chamava Mirray. Ele gostou do menino e disse que quando casasse esse seria o nome do seu filho e assim ficou.

Com I ou com Y?
Era para ser com Y, mas o cartório da minha cidade não permitiu, disse que eu teria dificuldade para escrever. Então, no registro é com I, mas sempre assinei e uso na camisa com Y mesmo.

Como você se definiria para o torcedor são-paulino?
Sou um meia, que ajuda o meio de campo e procura atacar também. Procuro colocar os atacantes na cara do gol. Meu estilo é mais de cadenciar o jogo. E logo, logo, vocês conhecerão Mirray.

Em quem se inspira?
Em Paulo Henrique Ganso, que é uma referência para os meias, e em Kaká, pelo jogador e pela pessoa que é fora de campo.

O que essa renovação de contrato significou para você?
Foi um reconhecimento gratificante, apesar de eu ser novo. É prova de que meu trabalho está rendendo e isso é muito bom.

Quais cuidados você tem com sua imagem fora de campo?
Minha família e meu empresário me ajudam. O São Paulo também fiscaliza Twitter, essas coisas, para não haver problema.

Você vale R$ 30 milhões? Apostaria esse dinheiro em você?
Tenho certeza de que é um bom investimento. Melhor investir em Mirray do que em cana-de-açúcar, gado, negócios tradicionais no interior, de onde vim (risos).

Como joga Mirray, segundo seu técnico no sub-17, Zé Sérgio

"Mirray tem um estilo que se assemelha ao de Marlos, como meia esquerda, mas ele é mais armador. Marlos é mais individualista. Ele é um menino em ascensão, habilidoso, de muita qualidade técnica, mas que ainda precisa amadurecer muito. Ele tem muitos erros e acertos. Não de qualidade, mas de saber a hora exata de driblar, a hora de tocar. Nesse sentido, ele ainda é um pouco verde. Tem hora que precisa fazer a armação e ele sai driblando. Fora de campo, também tem uma cabeça tranquila. Se Mirray conseguir amadurecer, é possível que esteja no profissional em breve."
 
fonte: lance, spfc.net
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