quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PARA NÃO PERDER APOIO NO SÃO PAULO, JUVENAL SE MANTÉM EM SILÊNCIO

Por duas vezes, presidente prometeu que daria entrevista. Nesta sexta-feira, termina o segundo prazo

 
O Brasileirão do ano passado terminou em 5 de dezembro. Desde então, Juvenal Juvêncio prometeu atender a imprensa antes do fim de 2010. Em entrevista coletiva, a ideia era que a mesma fosse em Cotia, para o presidente também apresentar as novidades do CFA. O Reveillón chegou, passou, e nada.

A promessa, então, feita por meio da assessoria de imprensa do clube, mudou. No último dia 28, na apresentação de Rivaldo, Juvenal esteve em Cotia. Seu pronunciamento foi para apresentar as recentes obras e fazer elogios ao camisa 10. Depois, o mandatário desapareceu. O "acordo" foi de que uma coletiva seria marcada em até duas semanas. O prazo termina nesta sexta-feira.

Segundo uma pessoa próxima ao presidente, Juvenal tem motivos para se manter calado. Além de avesso a entrevistas, sua reeleição, a Copa de 2014 e a busca por reforços são pontos que não saem da sua cabeça.

Candidato à reeleição, o mandatário busca alianças internas. Segundo apurou a reportagem do LANCENET!, ele conta com 80% de aprovação (leia próxima página). Este, inclusive, atualmente é o principal motivo por ele ficar em silêncio. Juvêncio sabe que é importante para o clube, mas tem ciência de que o que está fazendo pode ser contestado.

O mandatário também acredita que o Morumbi pode estar no Mundial. Ele tem feito alianças e as obras continuam. Na cabeça de Juvenal, a escolha de outro local para a abertura é ato político. Ele sabe que o estádio do Corinthians será construído. Mesmo assim, acredita que São Paulo precisará de outra sede, em caso de emergência. Se ele falar, pode exagerar nas críticas e jogar fora as últimas remotas chances.

Por fim, a fase do time pesa para que o silêncio continue. Juvenal busca reforços. Ele tenta alguém de peso, como Rivaldo, cujo nome é conhecido. Além disso, aposta na base. Com ela, comprova que o investimento em Cotia dá resultados.

Quieto, mas atento, Juvenal segue trabalhando. Para o torcedor, é importante ouvir sua posição, o que não acontece faz tempo. Resta um dia para o tempo pedido por ele expirar. E aí, vai falar, presidente?


Estratégias em dias de jogos para fugir

Para driblar a imprensa em dias de jogos, já que acompanha a delegação desde o CT da Barra Funda até o Morumbi, Juvenal Juvêncio conta com o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o vice Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Na chegada do ônibus, o presidente pede para que a dupla desça antes, e assim tire o foco dele. Na maioria das vezes, dá certo e os repórteres nem notam sua saída.

Nas viagens, a estratégia é outra. O mandatário costuma sair por um lugar diferente do restante da delegação. Sempre escoltado por seguranças, ele consegue passar sem dar entrevistas. Quando não tem opção, Juvenal passa pelos repórteres, mas, desde o ano passado, costuma dar rápidas declarações.

Por telefone, o presidente não costuma atender. Algumas vezes, uma secretária informa que, no momento, ele está ocupado. Via assessoria, ele também não tem sido receptivo e diz ter compromissos.

fonte: lance, spfc.net
(Foto: Miguel Schincariol)
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