sábado, 19 de fevereiro de 2011

COM RHODOLFO E SUA MORTAL, SÃO PAULO PEGA O BRAGANTINO

Zagueiro explica ao LANCENET! como faz a sua comemoração de gol

A pedido do LANCENET!, Rhodolfo executa seu mortal (Foto: Ari Ferreira)

As boas atuações de Rhodolfo em seus dois primeiros jogos pelo São Paulo agradaram a torcida e a todos no clube. Mas nada chamou mais atenção do que a inusitada comemoração do zagueiro após gol.

Domingo passado, contra a Portuguesa, ele fez o terceiro da vitória por 3 a 2. Antes de ser abraçado pelos companheiros, surpreendeu ao executar um movimento arrojado.

– Eu falo mortal, mas a torcida do Atlético-PR comparava ao Guile, do Street Figther, ao facão. Então eles deram o nome de facão do Guile, eu falo mortal para trás mesmo (risos) – explicou Rhodolfo.

A convite da reportagem do LANCENET!, ontem, no CT da Barra Funda, ele repetiu o golpe que aprendeu nos tempos de capoeira (mais na próxima página). Neste sábado, contra o Bragantino, às 19h30, no Morumbi, o camisa 4 quer comemorar de novo.

Além de inovar na comemoração, Rhodolfo é o principal fator para a mudança de esquema da equipe. Desde que assumiu o comando do Tricolor (em outubro de 2010), Carpegiani sempre adotava o 4-4-2. Porém, com a chegada do ex-jogador do Furacão, o treinador se rendeu.

Nos primeiros 45 minutos diante da Lusa, Rhodolfo atuou como lateral-direito. A equipe voltou do intervalo no 3-5-2. Assim foi contra o Treze (PB) e será contra o Braga, neste sábado.

Além de Milton Cruz e Rogério Ceni, Carpegiani foi um dos que pediram a contratação do defensor, com quem trabalhou em Curitiba. Aos poucos, ele vai se entrosando com Alex Silva e Miranda e está pronto para atuar em qualquer um dos lados da defesa são-paulina.

– Comecei jogando no Atlético-PR com três zagueiros, por onde estou (direita). Só que com mais liberdade para atacar, sendo zagueiro surpresa no ataque. Ano passado, com dois zagueiros, atuei pela esquerda. Também já joguei na sobra, então lado não importa para mim.

As últimas conquistas do clube aconteceram sempre com esquema de três zagueiros. Rhodolfo causou uma reviravolta na formação e quer ajudar o clube a reencontrar os títulos. Se isso acontecer, todos já irão saber qual será a comemoração.
Tiago Graziano, professor de capoeira:
"Chamamos o movimento de pé na lua ou mortal chutado. Anteriormente, restrita só à Bahia, a capoeira não tinha esse tipo de ação. Quando veio para São Paulo e demais Estados, incorporou-se esse tipo de acrobacia, pois embeleza a dança e chama atenção.

Foi inserido para ficar algo mais chamativo, criativo. Não tem fundamento de movimento de ataque ou então de defesa, mas pode ser utilizado, assim como outros tipos de giros no ar.

Não é movimento oriundo da capoeira, mas é usado geralmente quando alguém entra na roda. Dá um impacto positivo, as pessoas que estão vendo se empolgam e fica um belo espetáculo."

Confira um Bate-Bola com Rhodolfo

Como começou a dar mortal?
Essa comemoração tinha feito em um rachão no Atlético-PR, aí falaram que nunca tinham visto. Então, falei que se fizesse gol, comemoraria assim, mas todos duvidavam. Comecei a usar ano passado e a torcida sempre pedia.

Quando criança, era melhor na capoeira ou no futebol?
(risos) Olha, acho que no futebol. Estou até hoje aqui. Comecei até como volante, mas depois fui para a zaga. Mas também era bom com a capoeira.

Esse movimento não seria mais fácil para pessoas mais baixas?
É mais fácil para eles, né? Só que tem de ter agilidade, não dá para qualquer um chegar e fazer. Pode cair de pescoço (risos). Até os comentaristas no Paraná falavam para eu parar, porque era muito grande e precisava de força para virar. Mas é mais técnica para virar do que uso de força.

Dentro de campo, entrou e o time ganhou as duas. Como viu essa sua participação no time?
Vim para um dos maiores clubes do Brasil, então a responsabilidade é grande. Contra a Portuguesa, fiz um pouco a lateral, ajudando a zaga. Com três zagueiros me adaptei bem, até no Atlético. Acho que aqui é tranquilo, estamos começando entrosar. Se ele (Carpegiani) me colocou no time é porque tem confiança em mim.

Por ter sido volante na base, facilita na hora de ir ao ataque?
Facilita na saída de jogo e ganho um pouco de técnica. Com três zagueiros, tem de abrir para sair jogando, para poder tocar a bola. Alex Silva e Miranda têm muita qualidade e vamos nos sair bem com três zagueiros.
 
fonte:spfc.net, lance net
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