Sem um patrocinador fixo no peito e nas costas da camisa desde a saída do banco BMG, no final da última temporada, o São Paulo até aceita propostas para expor pontualmente alguma logomarca nas fases finais do Campeonato Paulista. Mas o maior desejo é um acerto similar ao ocorrido entre 2001 e 2010 com a empresa coreana de aparelhos eletrônicos LG.
A ideia da diretoria é receber anualmente entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões por seu espaço mais valorizado. A meta é convencer uma empresa que busca inserção no mercado brasileiro, como ocorreu com a LG no início do século. Um patrocinador deste perfil, na visão do Tricolor, teria maior disposição a gastar o que o clube quer para ceder seu principal espaço no uniforme.
Havia uma forte expectativa com a empresa chinesa de computadores Lenovo, que chegou a expor sua marca na camisa em algumas partidas deste ano. A Lenovo, contudo, informou nesta semana que não seria possível seguir com o patrocínio nesta temporada, mesmo com o bom ambiente deixado com os dirigentes da equipe do Morumbi.
Antes dos chineses, o São Paulo tentou se associar à Hyundai, empresa automobilística sul-coreana que também negociou com Flamengo e Corinthians. Mas a resposta ao Tricolor foi de que os sul-coreanos, já parceiros fixos
Hoje, o São Paulo conta apenas com a escola brasileira de idiomas Wizard como patrocinador das mangas. Já existe um temor no clube pela dificuldade na busca por parceiros para a principal parte da camisa. Um dos grandes obstáculos é o fato de os orçamentos das empresas para 2012 estarem concluídos.
O Tricolor conta com os trabalhos do publicitário e apresentador de televisão são-paulino Roberto Justus na busca por patrocinadores. Justus foi escolhido pelo presidente Juvenal Juvêncio por ter intermediado com sucesso a negociação do novo contrato com a Rede Globo para transmissão dos jogos da equipe no Campeonato Brasileiro.
O famoso parceiro, porém, tem sofrido tanto quanto os outros profissionais do departamento de marketing. Houve até uma conversa recente com a empresa automobilística chinesa JAC Motors, mas a primeira resposta foi de que o planejamento ainda não é o de usar o futebol para se consolidar no mercado brasileiro.
Desta forma, é tido como improvável o clube conseguir um patrocinador máster antes do começo do Campeonato Brasileiro, no fim de maio, como desejava. Até lá, não há alternativa diferente à de fechar acordos pontuais para as fases finais do Campeonato Paulista e as mais avançadas da Copa do Brasil, quando a exposição do time será maior.
Fonte: Gazeta Esportiva