SANTOS - Bastou Elano apresentar os primeiros sintomas de recuperação do seu verdadeiro futebol para que surgissem especulações sobre interessados na sua contratação. O Atlético-MG foi o primeiro a fazer sondagens, porém recuou diante da recusa do Santos em pagar metade dos R$ 500 mil mensais do salário mensal do meia. O próprio jogador não se interessou por uma transferência no momento.No mês de comemoração do 100º aniversário de fundação do clube, fica descartada qualquer possibilidade de negociação para a saída de Elano. Mas, após a Libertadores, o destino do jogador deverá ser o São Paulo. Provavelmente como parte da contratação em definitivo do lateral Juan, que se encaixou bem no time e cujos direitos estão fixados em R$ 1,25 milhão. É o tipo de negócio que poderá interessar a todos os envolvidos.Depois de sofrer seis lesões em meio ano e se envolver em problemas fora de campo, Elano deixou de ser unanimidade na Vila Belmiro, mas ainda tem o apoio de boa parte da torcida. Também tem uma história rica no clube em razão de pertencer à geração vitoriosa de 2002 e por ter sido titular da Seleção na Copa do Mundo de 2010.Se Elano for negociado o Santos perderá apenas um reserva de luxo e em compensação passará a economizar R$ 500 mil por mês, ou R$ 6 milhões por ano. Nada mal para um clube que enfrenta dificuldades financeiras. Por enquanto os dirigentes negam ter sido procurados por representantes de clubes. Dizem que houve apenas sondagens de empresários independentes.
As contratações de Gerson Magrão (já avisou que quer jogar no meio) e Bernardo são indicativos de que o Santos se reforça no meio de campo com a quase certeza de que vai perder um ou dois jogadores do setor no segundo semestre. No momento, Elano é reserva de Ibson. E, se dependesse de alguns pesos pesados da direção, até Felipe Anderson, visto como o futuro camisa 10 do time, estaria à sua frente. Sem falar que Léo, ao perceber que a lateral-esquerda tem novo dono, já treina como meia armador.Já para Leão, Elano é jogador moderno, obediente taticamente, polivalente, bom finalizador e com alto aproveitamento na cobrança de faltas. É o tipo de reforço que logo vem à cabeça do treinador assim que ele assume um novo clube.
Fonte: Estadão