Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo
(Foto: Julyana Travaglia/GLOBOESPORTE.COM)
O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, já cogitava a demissão de Adilson Batista antes mesmo da derrota por 3 a 0 para o Atlético-GO, domingo, em Goiânia. E o treinador sabia disso. A informação foi revelada pelo próprio Juvenal em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta terça-feira.
– Não existe no mercado um técnico que tenha unanimidade no São Paulo. Precisamos trazer alguém que tenha currículo, a torcida exige nome forte – disse Juvenal.
Questionado se Luiz Felipe Scolari seria esse nome, o presidente respondeu:
– O Felipão, sem dúvida, tem nome, currículo. Mas ele está no Palmeiras, é muito difícil pensar nele agora.
Na entrevista, Juvenal disse que o comportamento de Adilson, “inseguro”, o incomodava. O dirigente via no treinador uma preocupação em justificar os “erros do passado”, numa clara referência aos fracassos dele à frente de Corinthians e Santos.
– Eu demorei para tomar a decisão (de demitir Adilson), porque é preciso ter segurança numa hora como essa. É necessário escolher o momento certo. Eu mesmo disse ao Adilson antes do jogo com o Atlético: “Se não vencermos, você sabe que não conseguirá subir a escada do Morumbi no jogo seguinte (contra o Libertad, quarta-feira), não haverá clima. A torcida vai te vaiar, inclusive eu”. O torcedor vive de paixão e está frustrado. Como não dá para trocar os 11 jogadores, trocamos o técnico – disse Juvenal.
– Ele (Adilson) não foi bem, os resultados estão aí para mostrar. Ele cometeu alguns erros. Não deveria ter se preocupado em ficar dando explicações do passado (referência clara aos fracassos no Corinthians e no Santos). Ele não se mostrava seguro em alguns jogos e eu percebi que não estava bem.
Rivaldo não deve renovar para 2012
No embalo das críticas a Adilson, sobrou para Rivaldo. O presidente deixou claro que também não anda muito feliz com as atuações do veterano, de 39 anos.
– Às vezes, ele (Adilson) parecia querer atender ao pedido do torcedor para pôr o Rivaldo. E muitas vezes não era o caso. Contra o Inter, por exemplo, o Rivaldo ficou o jogo todo em campo, mas não estava bem. Perdeu um gol claro. Adilson é um bom cidadão, mas não deveria querer contemporizar, agradar à torcida, ao grupo ou à mídia. O compromisso é com a instituição – disse Juvenal.
– Rivaldo é um grande profissional, disciplinado, mas já não é mais aquele jogador – emendou.
Fonte: Globo Esporte
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