sexta-feira, 14 de outubro de 2011

INSATISFAÇÃO DE JUVENAL JUVÊNCIO CHEGA A ADILSON BATISTA

Presidente são-paulino começa a exergar culpa no técnico pela má fase

Adilson Batista tem sofrido pressão no São Paulo (Foto: Miguel Schincariol)

O comportamento da equipe no empate com o Internacional, na última quarta-feira, tirou o presidente Juvenal Juvêncio do sério. A irritação foi tamanha que, pela primeira vez, o mandatário deixou o estádio convicto de que a culpa pelo mau momento também é do técnico Adilson Batista.

Isso porque, antes do embate, Juvenal já demonstrava insatisfação com o futebol apresentado nas últimas rodadas, mas isentava o comandante, fazendo elogios.

– Não estou insatisfeito (com Adilson), estou satisfeito. Não estou satisfeito é com o rendimento da equipe até agora. Ele é sério, trabalhador, vibra, gosta do que faz. Os resultados não são bons e ele tem elementos que não estão rendendo o que podem – afirmou Juvenal.

Depois, no entanto, o presidente não gostou de algumas decisões de Adilson, que, para ele, interferiram diretamente no resultado. Deixar Luis Fabiano e Rivaldo em campo até o fim do jogo, sem condições físicas para suportar uma pressão nos minutos finais, foi visto como uma maneira de não contrariar o torcedor, que tem criticado muito o técnico.

Uma pessoa próxima ao presidente confidenciou à reportagem do LANCE! que fazia muito tempo que não o via tão irritado com a situação do São Paulo em campo. Com o empate, o Tricolor chegou a cinco jogos sem vencer no Brasileirão.

Apesar do descontentamento, Juvenal não pensa em tomar atitude drástica contra o treinador, mesmo porque também credita boa parcela de culpa ao desempenho irregular de alguns jogadores, suspensões e convocações para a Seleção.

Nesta quinta-feira o mandatário esteve no CT da Barra Funda, assim como o diretor de futebol Adalberto Batista. Entre eles é consenso que qualquer mudança radical agora será prejudicial. Houve conversa com o grupo. A situação é contornável. Por ora.

Os problemas de Juvenal

Adilson Batista
Embora a forma de trabalho seja elogiada e ainda tenha prestígio, técnico tem, na visão da cúpula, aceitado a pressão da torcida em algumas decisões. Luis Fabiano em campo durante 90 minutos, como nas duas últimas partidas, é um exemplo.

Elenco irregular
Alguns jogadores, considerados essenciais para o time, não tem rendido o esperado. Casos de Lucas, Rhodolfo e Casemiro. Outros, como Denilson e Piris, têm ficado fora com frequência, por cartões e seleção paraguaia. Neste caso, acaba sobrecarregando outros.

Fogueira fabulosa
Por fim, até o momento no qual Luis Fabiano entrou no time desfavorece, na visão de Juvenal. O atacante não tem culpa, pois ainda não reúne condições ideais de jogo. Mas poderia ter estreado em situação diferente, sem pressão da torcida inclusive no comandante.

Fonte: Lance

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