domingo, 24 de julho de 2011

ATLETAS TROCAM ACUSAÇÕES E ADILSON JÁ AVISA: "TEM QUE SER INTERNO"

Técnico até concorda com algumas críticas do elenco, mas só quer ouvi-las no vestiário

Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Técnico até concorda com algumas críticas do elenco, mas só quer ouvi-las no vestiário
O empate com o Atlético-GO no Morumbi causou tanta irritação que os jogadores passaram a se cobrar publicamente. Mesmo sem citar nomes, a defesa exigiu mais proteção dos volantes, que questionaram os gols perdidos pelos atacantes, que reclamaram das falhas da zaga. Palavras que já fazem o recém-chegado Adilson Batista ensinar: sempre é melhor guardar as críticas para serem feitas dentro do vestiário.

"Isso é interno. A gente faz trabalho de correção, explica, cobra e elogia tudo internamente. Vou conversar com eles", prometeu o treinador, que viu em Rogério Ceni o único indignado a chiar de maneira geral. "É inadmissível empatar no Morumbi com o Atlético-GO", disse o capitão.

Entre os que devem ser procurados para ouvir orientações do novo técnico, um dos principais é Rhodolfo. Primeiro a balançar as redes na igualdade por dois gols estabelecida nesse sábado, o zagueiro já foi para o intervalo cobrando os colegas pelo primeiro gol sofrido, quando Anselmo pôde cobrar rápido uma falta e encontrar Bida, que se aproveitou da falha de Xandão para tocar por cima do ajoelhado Rogério Ceni.

"Tinha que ter alguém na bola, algum volante para não deixá-los bater rápido. Tem três volantes e o professor sempre manda algum sair. Tomamos um gol de bobeira que não pode mais acontecer", cobrou o camisa 4 a caminho dos vestiários. O jogador ficou ainda mais bravo no segundo tempo, quando Anselmo passou livre atrás de Xandão para testar nas redes.

"O São Paulo é grande, não pode tomar gol assim. Temos que marcar os caras, eles não podem cabecear livres como fizeram. Não sei quem falhou porque eu estava marcando o meu, mas time que quer ser campeão tem que ter atenção, não pode errar tanto quanto nós. Perdemos a vitória de bobeira e isso pode nos complicar depois", previu.

Dando a entender que concorda com Rhodolfo, Adilson Batista só não gostou de ver seu trio de volantes questionado. "Não vi a cobertura dos volantes como problema. No primeiro gol, faltou um ficar na bola e o zagueiro deve estar de frente para o jogo, não virar as costas. O segundo aconteceu porque às vezes você acaba sendo envolvido em contra-ataque", analisou o chefe.

Wellington, um dos volantes em campo, aponta como maior deficiência a série de oportunidades claras desperdiçadas. "Faltou matar, fazer o gol", afirmou o camisa 5, que também perdeu chances. Lucas, um dos homens da frente, concorda, sem esquecer de citar as falhas de posicionamento na retaguarda.

Para todos eles, Adilson tem uma lição. "Nós erramos, nós falhamos, nós empatamos. Vamos tentar resolver tudo agora", filosofou. "Cometemos erros que nos custaram dois pontos. O trabalho tem que ser coletivo, mostrando o posicionamento que a gente gosta e quer, tendo cuidados", concluiu o treinador.

fonte: gazeta esportiva

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