por Rubens Chiri
Com a bola nos pés, o talento do goleiro Rogério Ceni é insuperável. Os 103 gols do Capitão demonstram isto, além dos grandes lançamentos que efetua, que resultam em lances de perigo e mesmo em gols. Rogério, que completará mil jogos com a camisa do São Paulo, também é ídolo por suas atuações debaixo das traves. Inesquecíveis e incontáveis defesas. Estima-se que já tenha defendido mais de 3.000 chutes.
"Ele tem a técnica do goleiro brasileiro. Além disso, o Rogério desenvolveu algumas coisas. Ele sempre teve a ousadia de bater bem na bola, na reposição de jogo. É um goleiro que tem um segurança ótima debaixo das traves e uma boa impulsão. Ele reúne as melhores técnicas dos goleiros mundiais", elogiou Zetti.
Inapelavelmente, a primeira partida que vem à mente do torcedor quando o assunto é desempenho embaixo das traves é a decisão do Mundial de Clubes de 2005, no Japão, onde Ceni se consagrou como Lenda, sendo escolhido o melhor jogador em campo e também o melhor jogador da competição.
"Como goleiro, eu aprendi muito com ele. Vi ele fazendo partidas excepcionais. Foram defesas inesquecíveis, uma delas foi esta do Mundial. Vai ficar para a história do clube. Um goleiro inquestionável. Uma técnica dremenda. Só nós temos o Rogério Ceni", completou o goleiro Bosco.
Todavia, impossível não se lembrar de certa partida ocorrida no Canindé, numa noite chuvosa, em que o Capitão pegou até os pensamentos de Ricardo Oliveira. Os espetaculares desempenhos contra o Rosário Central, no Morumbi, em 2004 e contra o Cruzeiro, no Mineirão, em 2006. Ou ainda sua grande sequência invicta, sem tomar gols, no Campeonato Brasileiro de 2007 (Foram 990 minutos). Milagres e mais milagres.
Quando o assunto são pênaltis, então... Caso o São Paulo precise de seus serviços neste critério hoje, não poderia estar melhor Rogério guarnecido. Ele é o goleiro são-paulino com o melhor desempenho em disputas de pênaltis, empatado com o mestre Zetti, com 75% de aproveitamento. Foram 16 disputas, nas quais o Tricolor saiu-se vitorioso em 12 vezes. Ou seja: Disputa de pênaltis contra o SPFC com Rogério no gol não são 50% de chances para cada lado!
"A técnica dele é indiscutível. Sempre cresci vendo ele jogar. Sou fã do que ele faz debaixo do gol. Ele tem defesas que poucos fariam durante toda carreira. Me espelho nele. Sempre procuro olhar o que ele faz nos treinamentos. Quero fazer igual para um dia conseguir fazer as mesmas defesas", ressaltou Denis, atual reserva do Mito.
No geral, conhecemos 48 defesas de pênalti válidas. Em verdade, Rogério já estreou no clube defendendo pênalti. Foi no Troféu de Santiago de Compostela, Espanha. Suas intervenções foram providenciais para as conquistas dos títulos da Copa Conmebol de 1994 e do Torneio Rio-São Paulo de 2001 (onde defendeu 3 pênaltis na mesma partida, semifinal). Na Copa Libertadores da América foi o herói contra Rosário Central (2004), Estudiantes (2006) e Universitário do Peru (2010).
Seus números são fenomenais. Mesmo tendo atuado 999 vezes com a camisa Tricolor (o que desnivela sua média de gols sofridos, em comparação com goleiros que jogaram menos - afinal, quanto menos se joga, mais fácil possuir uma boa média), seu desempenho é marcante: Somente 1152 gols sofridos. Ou seja, 1,15 gol por jogo.
"Durante os treinos, ele sempre queria que eu chutasse para ele defender. Isso dava condição de jogo. Ele é perfeito tecnicamente. Ele tem muita agilidade e sabe se comportar em cada chute dos atacantes", completou Roger, que foi reserva de Ceni nos anos 90.
Rogério Ceni, em síntese, também é soberano como guardião da meta são-paulina.
Fonte: Site Oficial
0 comentários:
Postar um comentário