Com Renan Prates, do UOL Esporte
Corinthians vai receber R$ 30 milhões por ano
O patrocínio da Caixa ao Corinthians foi mal digerido por dirigentes do
São Paulo. Eles somam o novo contrato ao envolvimento de BNDES, Banco
do Brasil e prefeitura com o estádio corintiano. A avaliação é de que
essa combinação faz do alvinegro o time do Governo. E que os
concorrentes ficam de mãos abanando.
Há também desconforto provocado por um flerte estéril entre a Caixa e o
clube do Morumbi. Segundo dirigentes tricolores, no começo do ano, um
emissário do banco sondou o São Paulo. Mas o interesse morreu no mesmo
dia do primeiro contato.
Pela versão são-paulina, o negócio não avançou porque contratos só
poderiam ser assinados com clubes de cidades em que funcionários da
prefeitura recebem os salários em contas da Caixa. Não é o caso de São
Paulo.
São Paulo recebe cerca de R$ 23 milhões por ano
O site do banco diz que Avaí e Atlético-PR foram os primeiros times a
firmarem parceria com ela como parte da estratégia de relacionamentos
com cidades e Estados com os quais a empresa possui “convênio de folha
de pagamento”.
Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do banco, em Brasília,
declarou que o acordo do Corinthians integra uma nova etapa. Nela, não é
necessário que a cidade da equipe escolhida mantenha o convênio
salarial com a empresa pública.
Declarações de Roge David, ex-drietor do São Paulo
A assessoria, porém, disse que não poderia confirmar a sondagem ao São
Paulo já que o escritório na capital paulista estava fechado no feriado.
O twitter foi o espaço escolhido por cartolas e conselheiros
são-paulinos para demonstrar sua insatisfação. “O patrocínio da CEF
(Caixa Econômica Federal) é descaradamente pool político”, escreveu Roge
David, ex-diretor de marketing do São Paulo. Ele estava no cargo na
época em que houve a aproximação do banco.
“Revoltante, já fizeram o estádio”, foi uma das manifestações de Julio
Cesar Casares, vice de marketing do São Paulo em sua conta.
Fonte: Uol